A estatística brasileira dos Defensivos Agrícolas tem sido realizada pela iniciativa privada, por intermédio do Sindicato desta Indústia, antes SINDAG e hoje SINDIVEG. Este acompanhamento espontâneo da Indústria, feito com esforço ao longo do tempo sempre foi esperado pelo setor e por estudiosos deste insumo. Com o crescimento do uso desses produtos alguns começaram a questionar: – Por que o governo não realiza sua própria estatística de tão importante insumo?
Pois, em 2002, o Decreto 4074 determinou: Art. 94. – V – implementar, manter e disponibilizar dados e informações sobre as quantidades totais de produtos por categoria, importados, produzidos, exportados e comercializados no País, bem como os produtos não comercializados nos termos do art. 41 (Redação dada pelo Decreto nº 5.981, de 2006) Art. 41. As empresas importadoras, exportadoras, produtoras e formuladoras de agrotóxicos, seus componentes e afins, fornecerão aos órgãos federais e estaduais competentes, até 31 de janeiro e 31 de julho de cada ano, dados referentes às quantidades de agrotóxicos, seus componentes e afins importados, exportados, produzidos, formulados e comercializados de acordo com o modelo de relatório semestral do Anexo VII.
Esses relatórios semestrais, obrigatórios, foram aos poucos integrando a rotina dos órgãos coletores e, em consequência, a cobrança às empresas passou a ser mais assídua. Todavia, inexplicavelmente, a disponibilização dos dados para a sociedade não era apresentada.
E em 2009, o IBAMA publicou um Relatório referente a 2008, onde constam os dados de comercialização de 2009. Foi um sucesso. O país finalmente tinha um dado oficial de quanto consumia de Pesticidas. Esse relatório não explicitava os dados de todos os produtos, mas anunciava a quantidade por classe de uso. Herbicidas, 127.437 toneladas;
Inseticidas, 90.562 ton; Fungicidas, 35.770 ton; Acaricidas, 7.195 ton; Adjuvantes, 23.457 ton. Portanto naquele ano de 2009 foram comercializadas 284.421 toneladas de agrotóxicos, em termos de ingredientes ativos.
É de todo essencial destacar a quantidade espetacular dos Adjuvantes, que, por incrível que pareça, nos dias de hoje está sem lei, largado, sem pai e mãe; o que significa dizer que não entrará mais nas estatísticas, nem será mais fiscalizado. Algo está fora do prumo!
Finalmente, na reta final 2013, o IBAMA divulga Relatórios pertinentes a 2002, 2003, 2004, 2005, 2006, 2009, 2010 e 2012. Elaboramos uma tabela, com dados divulgados, para visualização de um panorama geral.