No dia 27.out.09 o jornal O ESTADO DE SÃO PAULO noticiou que milhares de pessoas se aglomeraram em filas por todo o território dos Estados Unidos buscando a vacina contra a gripe H1N1. Desde abril, pelo menos 1.000 pessoas morreram em conseqüência da doença. A expectativa era que estariam disponíveis 160 milhões de doses da vacina, mas na realidade só houve produção de 28 milhões. De acordo com a Secretária da Saúde, Kathlenn Sebelius, um dos problemas é que 4 das 5 empresas fabricantes de vacina estão fora dos EUA. “É uma preocupação dependermos de outros países para comprar a vacina”.
Saúde, Alimentação e Educação são serviços que todos os povos exigem que o Estado tome a frente na administração, no ordenamento, na orquestração das condições para que o país esteja bem preparado para suprir a demanda interna.
A alimentação é bem suprida aqui no Brasil por nossa agricultura, que inclusive produz excedentes para alimentar outras nações. Mas, à montante da agricultura estão os insumos e aí reside o perigo. São sementes, fertilizantes, defensivos como bens não duráveis e os maquinários como bens duráveis. De maneira geral estamos perdendo terreno. Já fomos mais atentos.
O insumo Semente está escapando de nosso domínio, ao menos tecnológico, pois a produção por contingência edafoclimática tende sempre a ser produzida no próprio local. A EMBRAPA sozinha dará conta de acompanhar a avassaladora onda das grandes empresas de biotecnologia? Atenção, não se vende mais semente melhorada geneticamente, bem selecionada, certificada; hoje é vendido o direito do uso de um ou mais genes apropriados da natureza pela biogênica, daí os royalties. A competição já foi esmagada por poucas e pesadas botas. O custo deste insumo está em ascensão.
O fertilizante deu um susto tão grande no preço e até na retração da oferta global em safra recente que as autoridades perceberam claramente o que é Segurança Alimentar. Houve bastante movimentação e dá para acreditar que uma planificação construída no potencial mineralógico brasileiro será realidade no médio prazo. Torçam para que a próxima virada de governo não ponha a perder essa perspectiva.
Olho nos Defensivos, pois todo o esforço da década de 70 está derretendo/balançando. O Brasil na era militar produzia mais de 70% das suas necessidades de pesticidas. Hoje, com muito mais produtos registrados o panorama é outro.