O Diário Oficial da União de 21 de setembro publicou a nomeação de William Dib para o cargo de diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). O mandato durará até 21 de dezembro de 2019.
William Dib, 71 anos, é médico cardiologista, especialista em Saúde Pública e Administração Hospitalar. Ele também é ex-prefeito de São Bernardo do Campo (SP) e ex-deputado federal pelo PSDB. O novo diretor presidente tem mandato na agência até 26 de dezembro de 2019 e pode ser reconduzido por mais três anos.
A Anvisa é dirigida por uma diretoria colegiada composta por cinco integrantes. Por lei, os mandatos têm duração de três anos, podendo haver uma recondução. Dentre os cinco, um é designado por decreto presidencial para exercer o posto de diretor-presidente. As decisões são tomadas em sistema de colegiado, por maioria simples.
O novo presidente da agência apontou a modernização da área de tecnologia da informação (TI) como prioridade. Afirmou ainda que a distribuição de poderes entre os diretores da agência deve ser revista em breve.
Os rumores sobre a nomeação de Dib aumentaram nos últimos dias. O diretor esteve em reunião com o presidente Michel Temer na véspera da nomeação (20/9). Dib e Temer mantêm antiga afinidade política: o diretor da Anvisa o apoiou em campanha a deputado federal na década passada. Nos bastidores, a nomeação é colocada na cota pessoal do presidente da República.
A decisão encerra disputa pelo cargo de presidente da Anvisa, após dois meses de interinidade de Fernando Mendes. A medida, porém, abre nova discussão na agência pela redistribuição de diretorias. No começo de julho, uma troca não planejada gerou mal-estar no comando da casa.
Novo diretor
Há ainda pendente na Anvisa a aprovação do nome de Rodrigo Sergio Dias para a quinta vaga de diretor. Primo de Elsinho Mouco (marqueteiro de Temer) e de Alexandre Baldy (ministro das Cidades), o nome foi indicado ao cargo na quarta-feira (19/9). Réu por agressão contra a ex-esposa, Dias sofre resistência entre servidores da agência, que já se manifestaram em nota do coletivo de mulheres e da Univisa. O indicado a diretor nega as acusações: “Deve ser preservado o principio da presunção da inocência”, diz em nota. Associações da indústria não se manifestaram sobre a indicação de Dias.
Fonte: Anvisa e Jota